quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

AMÁGUA AMÉM

Em comunhão com as águas,
faço do mar minha oração.
E neste silêncio de sim,
vou aprendendo a dizer não.

Pois nada fere mais a pedra,
que o vai-e-vem da maré.
E nem por isso deixa de amá-la,
exatamente como ela é.

Entendendo a contragosto,
a dinâmica dos portos.
Na convivência dos que chegam e partem,
o coração não mede esforços.

Com os pés no chão,
e o resto no vento.
Essa umidade que me salga,
é meu mais forte alento.

Um comentário:

  1. Boas aliterações, tb gostei com o jogo de sentidos das palavras...
    Muito bakana as analogias com o mar e porto...

    http://ocarcamano.spaceblog.com.br

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