quarta-feira, 26 de maio de 2010

Mas nem o sol está isento da expulsão e da vergonha. Fora de cena vê o céu passar a noite com a lua. Amanhecerá e este astro traído cairá novamente nos encantos do azul que lhe oferecerá um buquê de algodões. Ao passar por todos os rubros, cederá; e se deitarão à luz do dia, pois o sol não teme má fama e incinera de paixão. Os olhos que pra cima olharem, hão de perceber, e se por muito tempo a curiosidade permanece, hão de queimar também. O azul se esvai dando outro pontapé no vermelho ardente, que se esconde de humilhação na primeira montanha que encontra, ou faz outra de suas tentativas de se afogar no mar. Nesta hora, novamente o espetáculo dos contrastes. O preto que espera pela musa branca trajada de virgem. As estrelinhas tímidas se acendem, mas pouco iluminam, pois das traições noturnas todos preferem fechar os olhos.

quarta-feira, 5 de maio de 2010



Te olhar com afinco...
nesses dias à beira de nós mesmos, nada mais talvez importe. Estar presente e conspirarmos juntos as mais completas vivências que não planejamos.
Te encontro em meu próximo desencontro; que certamente virá. Assim me viro, me varro, me jogo ao relento. Toparemos!... vivifico!...recupero tudo aquilo que sei que nunca se foi. Só se vai inteiramente o que não soube ficar....e desse não me valho. Gosto do que acarinha meu sentir, e do que sinto que atordoa meu gostar. Gostar que só se sabe reinventar! E que cada condição me faça pegar uma nova condução.
Recordo vagamente, escapula-me a lembrança exata...por que repetí-la seria uma grande bobagem. Pra quem não se toma como igual, que nada toque como ontem.
Por favor, um novo jeito, uma nova maneira! Pra que seja bom, pra que faça bem...para que dias como esses fiquem como centelha de esperança em nossos olhares... que, é sabido, se debruçarão em outros; mas um dia, quem sabe, voltarão a se encontrar.