terça-feira, 30 de novembro de 2010

Miscelânea mental.

Nesse risco novamente me arrisco. Certa vez ouvi ser preciso idolatrar a dúvida. Aquilo me emociona e eu não sei porque. Tudo novamente sujo, já cansei de limpar. Vai, eu não ligo, não preciso de você! Vou me jogar no mar. Traços encantadores os seus. Me acompanha? Eu não sei para onde estou indo, mas podemos chegar em algum lugar. Não me leve a mal, não é que eu não quero, eu não consigo mesmo. Não me atente para as minhas próprias faltas. Sinto na pele o que me causam. Gostei disso, o que quer dizer? Aliás, não explique, está tão bom gostar. Acho que ficarei mais um tempo por aqui. Quantas vozes inúteis. Você veio! Escute, pegue aquele livro em cima da cabeceira e leia baixinho em meus ouvidos. De estridente já basta a vida. Sabe o pé de acerola? Cortaram. O vinho vai ter que ficar para depois, a indisposição me tomou conta. Afogaram a calma! Ninguém vê. Essas discussões ficam, para sempre. Memória farta, porque não falha? Isso aqui não é um jogo. Mas não era para isso acontecer agora! Eu estou do seu lado. Acredite, vai ficar tudo bem. É, não deu, achei que pudesse ser capaz. Quando sair, por favor, apague a luz. Sinto sua falta, eu era mais leve com você. É, também sinto minha falta. Saudade daquela que eu não consegui ser. Velharias do espírito. Mataram, os dois. Quantas especulações! Pra quem vive mergulhado em si, não é preciso essas pontes. Ponte é para fugir, para fingir. Não preciso nem assumir, sempre deixei tudo tão claro. Você me confunde! Não, não, não quero fumar, obrigado. Trago comigo. Hum, que horas será que são? Nossa, estou atrasada! Chegou a hora de acordar!

domingo, 14 de novembro de 2010

Ainda é cedo, amor.


Estamos há tempos num estado permanente de alegria, desde o dia em que uma criança de cabelinhos brancos bateu na porta de nossa vida. Abri essa porta sem me questionar, sem te questionar. Um gesto leve que carregava uma carga pesada, carregava todo o peso do mundo; tudo, embutido numa só pessoa. Aquela senhorinha, que pelo tamanho até enganou, mas pela força das palavras e dos olhos não! Aceitou, com sua força que nunca secou, todas as lições, todos os enganos, todas as peças pregadas pelo destino.
Hoje, as lágrimas vieram, mas não por meus sentidos captarem as grandes lições de suas palavras; as lágrimas hoje vieram, pois tive, e terei por muito tempo, de me haver com o silêncio. Não tem festa, não tem comemoração; mas você teve seu tempo de estréia. Sua estréia foi na vida, sua estrela vem para o nosso céu.
Nesse dia, mais um lição você nos dá: ser protagonista da própria vida. Hoje você foi nossa protagonista, querida Eli. E agora, minha tatuagem, verdadeiramente e finalmente, solte seus palavrões!

“Ainda é cedo, amor/ Mal começaste a conhecer a vida/ Já anuncias a hora de partida/ Sem saber mesmo o rumo que irás tomar./ Preste atenção, querida/ Embora eu saiba que estás resolvida/ Em cada esquina cai um pouco a tua vida/ Em pouco tempo não serás mais o que és./ Ouça-me bem amor/ Preste atenção, o mundo é um moinho/ Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos/ Vai reduzir as ilusões a pó./ Preste atenção, querida/ de cada amor tu herdarás só o cinismo/ Quando notares estás a beira do abismo/ Abismo que cavaste com teus pés. ”
(O mundo é um moinho – Cartola)

Ps: Obrigado Cartola, por esse samba tão bem feito para Eli...!
E obrigado Eli, por ser um dos meus maiores exemplos de mulher/ atriz/ ser humano.

Eu te amo...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Você vem?

Talvez você nem viesse...
Se visse como fiquei,
Quando pensei que
Você não mais viria.
Não penso,
Porque hoje vejo,
Que talvez você venha.
Se for vir,
Chegue assim,
Como quem veio,
Porque sempre quis,
Que eu também viesse.
Venho pelo que me veio;
Vou sem saber,
Para onde é que você vai.
Vamos...
Já que já viemos,
Já que já vimos,
Que talvez,
Não mais tenhamos,
Para onde ir.