quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Paulicéia.

Intenção de apetrechar dias mornos,
Com cor, com sabor,
Com, enfim, amor.
Temperados com Dali, Oswald, São João.

Citadinos, Urbanitas.
É isso que são?
Entre a selva de concretos,
Quebrando muros abstratos.
Aglomerados espessos,
De olhos, de olhares,
De gentes.

Dignamente pitoresca.
Ergue orgulhosa a alquimia de sua bandeira,
O elixir da vida é seu cafeeiro filosofal.
O metal que glorifica,
É o mesmo que afasta, distingue, isola.
A capital que assim pretende-se,
num Estado depressivo,
Autônoma, autossuficiente, distinta.

A beleza foi mais além,
Encheu os olhos,
E pôs a funcionar o coração,
Apedrejado, resistiu ao empedramento.

Não é desvario, é dia de todo dia.
Mas a Paulicéia,
Ah, a Paulicéia é realmente...
Desvairada, bonitinha e ordinária.