De
tudo fica uma lembrança.
Em
dias como este, em que me aconchego numa caneca de café quente, nos livros que me esperam e no carinho do costumeiro ronronar
da felina que me acompanha, maiores parecem aquelas lembranças que se guardam
sabe-se lá porque. Lembrança de um dia não tão besta em que uma frase disse
menos do que ficou a impressão que se quis dizer. Certamente menos do que, à época
e às circunstâncias, poderia ser ouvido, sentido, quiçá experenciado. O subentendido chacoalha uma cabeça solitária... um corpo solitário. A escolha de
se estar sozinho torna-se menos suportável do que verdadeiramente é. O “E se...” surge arrebatador e pouco consolador ao sussurrar : “Mas não foi.”.