Ela me implorava:
“Pare de me ler por
entre cifras!”
Tento hoje procurar
pela nota;
Por essa nota
incerta,
Caminho incerto,
Eu incerto.
Às vezes me canso
De tantas curvas,
Queria que fosse
mais linear
Que não me
surpreendesse tanto.
Queria que deixasse
O esperado se
cumprir,
Por si só.
Em alerta,
Vivo ofegante,
Correndo sempre atrás
Do que me escapa.
Eu bem sei quanto
me encanta.
Mas me enveredo tanto
Por seus
labirintos,
Que esqueço de
seguir
A minha estrada.