domingo, 14 de novembro de 2010

Ainda é cedo, amor.


Estamos há tempos num estado permanente de alegria, desde o dia em que uma criança de cabelinhos brancos bateu na porta de nossa vida. Abri essa porta sem me questionar, sem te questionar. Um gesto leve que carregava uma carga pesada, carregava todo o peso do mundo; tudo, embutido numa só pessoa. Aquela senhorinha, que pelo tamanho até enganou, mas pela força das palavras e dos olhos não! Aceitou, com sua força que nunca secou, todas as lições, todos os enganos, todas as peças pregadas pelo destino.
Hoje, as lágrimas vieram, mas não por meus sentidos captarem as grandes lições de suas palavras; as lágrimas hoje vieram, pois tive, e terei por muito tempo, de me haver com o silêncio. Não tem festa, não tem comemoração; mas você teve seu tempo de estréia. Sua estréia foi na vida, sua estrela vem para o nosso céu.
Nesse dia, mais um lição você nos dá: ser protagonista da própria vida. Hoje você foi nossa protagonista, querida Eli. E agora, minha tatuagem, verdadeiramente e finalmente, solte seus palavrões!

“Ainda é cedo, amor/ Mal começaste a conhecer a vida/ Já anuncias a hora de partida/ Sem saber mesmo o rumo que irás tomar./ Preste atenção, querida/ Embora eu saiba que estás resolvida/ Em cada esquina cai um pouco a tua vida/ Em pouco tempo não serás mais o que és./ Ouça-me bem amor/ Preste atenção, o mundo é um moinho/ Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos/ Vai reduzir as ilusões a pó./ Preste atenção, querida/ de cada amor tu herdarás só o cinismo/ Quando notares estás a beira do abismo/ Abismo que cavaste com teus pés. ”
(O mundo é um moinho – Cartola)

Ps: Obrigado Cartola, por esse samba tão bem feito para Eli...!
E obrigado Eli, por ser um dos meus maiores exemplos de mulher/ atriz/ ser humano.

Eu te amo...

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