Não foram dias em que não senti; dispus meus sentidos de forma cautelosa.
Deixei meus olhos um pouco mais secos, inexpressivos.
O que deixei que outros vissem foi somente a figura que não me representa.
Minha relação ante a minha aparência é assim;
É algo que ultrapassa uma cobrança daquele
que vê beleza no que não nasce de dentro.
Bonito é aquele gesto construído na delicadeza
de quem sente profundamente os viveres.
O feio também, e assim, ainda tão bonito para mim.
Fogo nos olhos; substância, cor, cheiro na/de vida.
Pulsações que se aceleram por toques,
palavras que mergulham neste abismo que carrego.
Tenho pausas que se estendem e se instauram...
Alastram-se no meu corpo, na minha expressão,
no tom da minha voz e das minhas cores.
Mudo meu aspecto, minha fisionomia,
algo em mim quer ser mais forte,
torno-me, desta maneira essencialmente mais frágil.
Só quem continuadamente me vê e não me enxerga,
não é capaz de perceber:
Que minha paz depende do meu conflito;
que não suporto essa fase em que me obrigo
a passar com certa freqüência.
Fase murcha, morna, concreta, seqüencial;
Eu sou daquela que se navega,
E não da que é levada pelo mar.
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Má ... querida flor... flor do paraiso...
ResponderExcluirConcedo-te junto a mim, quantas pausas sentires necessárias, para que diga sempre que CONTINUA!
Te ver e não te enxergar é ação inerente á aqueles que bebemda água,mas não sentem seu trajeto em si mesmo....
Amo vc!