domingo, 23 de setembro de 2012

Dança da Solidão


Sensação extasiante, indescritível, dolorosa e intensa. Percorrido meus extremos, fui da euforia a dor em questões de minutos. Dancei, dancei comigo,
Sozinha.
Estive loucamente me jogando pelos cantos do meu quintal à luz da lua, numa ardência suprema. Misto de gargalhadas e choro. Lágrimas e suor se confundem.
Libertação,
senti-me liberta para me deliciar de mim, para me deliciar em mim. Como se sofrimento e alegria não fossem contraditórios, e que delícia sentir os dois juntamente! Eles e todas as outras sensações que preenchem meus
Vazios.
Eu me senti cheia, sem lacunas, existiu vida em todos meus espaços. Tudo parecia sem sentido e com o máximo de sentido. Essa sim é a realidade, onde eu sou capaz de gritar minha verdade. Que prisão é essa que me separa diariamente? Eu devo ter dançado a união, a
Minha união.
Acabou! A vida é feita de instantes... pequenos, mas que traduzem ela própria.  Agora novamente fragmentada, voltarei à busca dos reflexos de meus fragmentos em outros. Para ver se compreendo, ao menos um pouco, essa corrente, essa eterna sedução de tudo. 

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