"Saberá que, no centro
de seu corpo, um grito,
se elabora?"
(GULLAR, Ferreira; Toda Poesia, p.28)
Eu reinventei meu silêncio para poder voltar a
falar. Após essa pausa, cuja
continuidade foi duramente disputada com a necessidade de recomeçar, eu vou, eu
voo...
Novamente.
Caminhando por ruas bastante claras, compreendo
que o privilégio (ou a tortura) de “não deixar nada passar”, também me foi
apresentado como escolha; e eu nunca cogitei optar pelo “Não!” ou mesmo pelo “Um
pouco menos...”. Entendo que a vida foi se
construindo na intensidade da minha sutileza, mas também, no detalhe do meu
exagero. Eu vi muito...
Sinto muito.
Se fui mar bravio
ou águas serenas, já não mais me importa saber, confesso. O estranhamento e o reconhecimento, no mesmo passo, em cada situação vivida (ou a ser), em cada personagem
cotidiano, em cada sensação e sentimento que me excede, são condições desse passeio que, hoje, percebo e acato...
Eu gosto.
Eu tb gosto, gosto do que você diz!
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