quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eu não sei equilibrar-me.
Necessito que me desafiem o equilíbrio,
para que eu possa estabelecê-lo.
Eu por mim, sou extremática.
Hoje eu não posso estar só comigo
(mas assim me obrigo).
Estou prejudicial a minha própria saúde,
tenho uma tarja preta em minhas roupas,
somente eu enxergo, sempre ignoro.
Estou dada a fusões e confusões.
Con-fusiono dores físicas e psicológicas,
danos materias e emocionais,
saudades passadas,
memórias presentes,
presenças saudáveis.
Onde se aprende a passar leve pelo próprio caminho?
Não me ensinaram,
ou me ensurdeci para esses conselhos.
Não reclamo, talvez amanhã eu goste da idéia.
Esse líquido cafeinado que eu não largo,
sempre meu refúgio, sempre do meu lado.
O espelho atrapalhado me ofende,
me censura por me entregar aquela
que, outrora, eu não quis mais ser.
O dia lá fora está bonito,
seria mais, se lá fora conseguisse
deixar de ser aqui dentro.

Um comentário:

  1. Esse líquido cafeinado que eu não largo,
    sempre meu refúgio, sempre do meu lado.

    É, ele me largou.

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