Os esboços de mim que nunca acabo, nenhum deles; porém junto-os e me faço.
Que poderia ser eu senão a união de meus mal-acabados traços?
Surpreendo as linhas e engano pontos-finais.
Lembro uma escada espiralada que desvia de qualquer fim que apresente seus sinais.
Novas significações para os elementos que escaparam de seus conjuntos.
Se recusam a serem lembrados como meras adições de seus adjuntos.
Se fazer-se novas coisas pode contradizer às anteriores; ótimo,
como qualquer contradição apresentada, não há como escapar de seus próprios temores.
E dos brancos frios de meus cadernos, jorram e borram tintas densas;
na imensidão de meus desenhos não haveria como cada forma não se tornar cada dia mais intensa.
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Trajetória errante, porém sempre intensa. Que seja realizada a vontade dos milhares de esboços! o espaço que dê jeito. bj
ResponderExcluir''Que poderia ser eu senão a união de meus mal-acabados traços''
ResponderExcluirNeste trecho me identifico com o texto.
''Novas significações para os elementos que escaparam de seus conjuntos.
Se recusam a serem lembrados como meras adições de seus adjuntos''
Nessa parte, e nas seguintes, chego a ter uma invejinha saudável daquilo que suponho ser a vivência interna atual da pessoa que escreve.
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