a
alegria é delicada.
delicada
tal qual a própria constatação.
frágil.
frágil mesmo.
acho
que nunca percebi a alegria. medo de, na tentativa de represá-la em memória, acabar por perdê-la. mas sinto (quando absorta nesses pensamentos) que alguma
coisa aqui dentro grita. talvez um sentimento de que sei exatamente o que é sentir alegria.
escassos flashs mentais de instantes de sorriso espontâneo, incontrolável. sorriso
secreto. secreto, secreto sim. hoje em dia, raros os que se dedicam a
distinguir sorrisos. a desnudar realidades. a se aprofundar nas revelações
súbitas. talvez nada revele mais do que um sorriso incontrolável – ainda que tímido. sorriso
dos olhos. instante de olhos marejados e risonhos.
quão
delicada e frágil é a alegria. tão fácil desgraçá-la se imediata é a percepção de
se estar experimentando. melhor guardar em segredo. se possível até de mim
mesma. deixe que me venha aquela (posterior) sensação interior e gritante... tirando-me um
sorriso de olhos categoricamente incontrolável.
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