“Aventura nunca tentada, navegar o convexo do olho sem quebrar segredo,
nem casca.”
hoje eu voltei a colocar aquela
camisola. meu corpo já é outro. ela, ainda a mesma. tentamos nos ajustar. a
felina me chama para a caça. e eu quase que sinto vergonha de lhe confessar que
não sou da caça. apesar disso, me reconheço em bicho. tatear no escuro. o prazer inexplicável do desconforto. me forço à solidão? “eu bestando numa vida antiminha”. eu neguei aquele brinde que
ofereceu a nós. neguei por tédio. um desconhecido se aproxima. me julga e me aponta
as covardias. não é por humanidade que o faz; é por prazer mesquinho, também covarde. não
desisti. não se desiste da ação que nunca se topou executar. a despeito de, não
abortar os possíveis. tornar a ação fluída, não obstruída pelo pensar
incessante e cruel. desconstrução. para que o valor prossiga sendo a
construção. “a vida pulsa, pulsa, pulsa...”. é o que me diz o tic tac do novo
relógio. escrever, escrever, para não se perder...nunca mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário