quinta-feira, 26 de setembro de 2013

cumplicidade.

um. dois. três. quatro.
c i n c o.
seis. sete. oito...
... e mais um tanto de rostos com desenhos desconhecidos - que não fazem parte de meu repertório de retratos já vistos -. 
outro tanto de bancos vazios que lhes fazem companhia. 

companhia para os olhos fixos numa leitura que embala.

companhia para os olhos desesperados pelo relógio que acelera.
companhia para os olhos baixos e marejados pelas frases que não se queria ouvir naquele momento - e talvez, nunca - e daquela maneira - ou de maneira alguma. 

eu percorro esses bancos assumindo cada face, cada expressão e cada sentir; ao passo que não lhes posso oferecer sequer companhia. sou simples passante - e tenho de cumprir com o que se espera de um passante. 

me confundo ante tanta regra que nos separa e tanto sentimento que nos junta. todos entendemos que o todo e o cada de cada um, é também nosso. 
mas há o cartaz amarelo das consciências de Drummond que nos alerta que essa compreensão só pode ser expressa no silêncio.
silêncio de cumplicidade.
silêncio de comunhão. 

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