sábado, 7 de setembro de 2013

Ainda um tanto estonteada, tenta alcançar mínima compreensão. Quem será este com quem se encontra face a face, corpo a corpo?
Corpo não reconhece. 
(e, ainda que force, é corpo frio, corpo frígido.)

Um cheiro espalhado de coisa que morre, coisa que morre sem fazer barulho.
- ainda que fatigada de lutar pelo contrário –

Fechar os olhos e ninguém conseguir alcançar pelo sentir. (“Proteja-se da tentativa de sentir! Faz tempo que nada mais há por aqui.” - diz-lhe a voz que emana da planta murcha).

Olha para dentro de si, especula o espaço a fim de encontrar nas reminiscências algum instante de delicadeza. Mas, naquele lugar... cuidado não conseguiu fazer morada; afeto não conseguiu encontrar alimento.
Ali... instante em que concepção e morte se confundem, não dando chance pra vida.

Saber que nem tudo deseja viver...
(e que nem toda escolha -  dentre as inúmeras possibilidades de fazer-se - vem acompanhada do desejo de fazer florescer).

Triste?... Um bocado.

Mas hora clara!

Nenhum comentário:

Postar um comentário