Ainda um tanto estonteada, tenta alcançar mínima compreensão. Quem será
este com quem se encontra face a face, corpo a corpo?
Corpo não reconhece.
(e, ainda que force, é corpo frio, corpo frígido.)
Um cheiro espalhado de coisa que morre, coisa que morre sem fazer barulho.
- ainda que fatigada de lutar pelo contrário –
Fechar os olhos e ninguém
conseguir alcançar pelo sentir. (“Proteja-se da tentativa de sentir! Faz tempo
que nada mais há por aqui.” - diz-lhe a voz que emana da planta murcha).
Olha para dentro de si, especula o espaço a fim de encontrar nas reminiscências
algum instante de delicadeza. Mas, naquele lugar... cuidado não conseguiu fazer
morada; afeto não conseguiu encontrar alimento.
Ali... instante em que concepção e morte se confundem, não dando
chance pra vida.
Saber que nem tudo deseja viver...
(e que nem toda escolha - dentre as inúmeras possibilidades de fazer-se
- vem acompanhada do desejo de fazer florescer).
Triste?... Um bocado.
Mas hora clara!
Nenhum comentário:
Postar um comentário