Agora te dou estes versos,
como quem dá o filho primeiro.
Aceitando meus erros,
sentenciados por seu dedo ligeiro.
Agora faço essa rima,
como que acata o devir.
Sabendo que o nascer,
foi muito além do parir.
Agora fecho meus olhos,
como quem engole o mundo inteiro.
Gozando pelos poros,
desde a encosta até o meio.
Agora jogo com seus medos,
como quem do outro tudo quer sentir.
Lutando contra a sina,
de que logo mais hei de partir.
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