segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Agora te dou estes versos,
como quem dá o filho primeiro.
Aceitando meus erros,
sentenciados por seu dedo ligeiro.

Agora faço essa rima,
como que acata o devir.
Sabendo que o nascer,
foi muito além do parir.

Agora fecho meus olhos,
como quem engole o mundo inteiro.
Gozando pelos poros,
desde a encosta até o meio.

Agora jogo com seus medos,
como quem do outro tudo quer sentir.
Lutando contra a sina,
de que logo mais hei de partir.

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