quarta-feira, 19 de agosto de 2009

VALENTINA

Valentina; por nome, o dever e a sina.Nasceu em meio à peste, misérias colossais.De direito o mero fato, de atravessar temporais.

Queria ser Joana, Amélia, Maria. Subir ao altar, preocupar-se com as rendas.Ao marido amado, seis filhos.Cantarolar doces sonhos em meio às cuecas e às moendas.

Repetir tudo aquilo que a mãe não fizera. Coragem, ousadia. Sem resguardos, sem louvores. Valentina: mulher forte todo dia.

Passos leves vetados, sorrisos esquecidos.O amor por entre as gentes, não existe. O cravo casou com rosa, o mar com a solidão. Para ela, única lei. Só é digno se for triste.

Sai correndo fugitiva. Se esconder daqueles olhos que não cansam de lhe implorar. A realidade foi presente. Valentina, você não pode chorar!

Valentina; por nome, o dever e a sina.Nasceu em meio à peste, misérias colossais.De direito o mero fato, de atravessar temporais.

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